sábado, 30 de janeiro de 2016

Lição IV - A sabedoria, a loucura, e as escolhas



Provérbios 1:20-33

20 Escutem! A Sabedoria está gritando nas ruas e nas praças. 21 Nos portões das cidades e em todos os lugares onde o povo se reúne, ela está gritando alto, assim: 22 – Gente louca! Até quando vocês continuarão nesta loucura? Até quando terão prazer em zombar da sabedoria? Será que nunca aprenderão? 23 Escutem quando eu os corrijo. Eu darei bons conselhos e repartirei a minha sabedoria com vocês. 24 Eu chamei e convidei, mas vocês não me ouviram e não me deram atenção. 25 Vocês rejeitaram todos os meus conselhos e não quiseram que eu os corrigisse. 26 Assim, quando estiverem em dificuldades, eu rirei; e, quando o terror chegar, eu caçoarei de vocês. 27 Zombarei de vocês quando o terror vier como uma tempestade, trazendo fortes ventos de dificuldades. Eu rirei quando estiverem passando por sofrimentos e aflições. 28 Então vocês me chamarão, mas eu, a Sabedoria, não responderei. Vão procurar por toda parte, porém não me encontrarão. 29 Vocês não quiseram a sabedoria e sempre se recusaram a temer a Deus, o Senhor. 30 Não aceitaram os meus conselhos, nem prestaram atenção quando os corrigi. 31 Portanto, receberão o que merecem e ficarão aborrecidos com as coisas que fizeram. 32 Os tolos morrem porque rejeitam a sabedoria; os que não têm juízo são destruídos por estarem satisfeitos consigo mesmos. 33 Mas quem me ouvir terá segurança, viverá tranquilo e não terá motivo para ter medo de nada..

Por Jânsen Leiros Jr.

Revisado e ampliado em 28/04/2024

 Na parte final do primeiro capítulo de Provérbios, o autor decide tornar impossível qualquer desculpa para não se agir sabiamente, principalmente as que utilizem como pretexto um inocente desconhecimento ou inacessibilidade aos seus preceitos. Afinal, ela grita nas ruas e nas praças, lugares públicos e de acesso fácil e gratuito. Uma alegoria que afirma o quanto a sabedoria está próxima e acessível a todos os que a buscam.

É como as campanhas de saúde pública que alertam sobre os perigos do tabagismo, por exemplo. Essas campanhas são visíveis em todos os lugares, desde anúncios de televisão até cartazes em paradas de ônibus. A informação está amplamente disponível para todos que desejam viver de maneira saudável. Ainda assim, há os que insistem em desprezar os avisos.

Na sequência ele faz uma confrontação ainda mais rigorosa e importante. Quem não age com sabedoria, age loucamente. Não existe meio termo. E por que loucamente? Porque não é uma atitude inocente, mas antes uma escolha consciente e desafiadora, uma rejeição propositada ao conselho e à instrução. Isso fica claro nos versículos 24 e 25; chamei... mas vocês não me ouviram.

E esta é a razão da aparente vingança da sabedoria diante do infortúnio dos que a desprezaram. Eu te disse, eu te avisei. Agora não vem pedir socorro não, que não darei. Não é disso que se está falando, claro, pois não há qualquer prazer no mal que atinge a quem quer que seja, até mesmo do tolo que despreza a probidade. A ideia aqui é afirmar categoricamente, o caráter imutável das consequências de nossas atitudes e escolhas. E uma vez que minha loucura me promove circunstâncias indesejadas, o arrependimento, por mais legítimo e sincero, não impedirá as consequências de meus atos. É possível não fazer de novo, mas é impossível apagar um feito.

Um exemplo simples disso, é uma pessoa que ignora conselhos financeiros e acumula dívidas de cartão de crédito. Quando a dívida se torna insustentável, o arrependimento por ter gastado demais não elimina a necessidade de pagar o que deve. As consequências financeiras e o impacto no crédito são inevitáveis.

Concluindo então o capítulo, o sábio relaciona as consequências da rejeição e as confronta com a aceitação da sabedoria, apontando a morte e a vida tranquila respectivamente, colocando seus resultados inevitáveis frente a frente. No final das contas, as circunstâncias da vida e não suas eventualidades, claro, não passam de um conjunto de reflexos, da perícia com que cada um realiza suas decisões e escolhas cotidianas, e conduz sua existência. Aquilo que se planta, é o que se colhe, pois nascerão morangos de sementes de abacaxi.

Ora, assim como não se consegue desacontecer acontecimentos acontecidos, não há como anular as consequências de nossas escolhas. Optando pela sabedoria haverá vida. Optando pela loucura, a morte espreitará por momento oportuno, sendo a morte, neste contexto, um destino último e pior para a loucura.

Que nossas escolhas sejam sempre pensadas, pesadas e sábias, com vistas à vida e a tranquilidade. Tudo inspirado e sustentado no temor do Senhor.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Lição III - Armadilha nossa de cada dia




Provérbios 1:10-19

 

10 Filho, se homens perversos quiserem tentar você, não deixe. 11 Eles poderão dizer: “Venha, vamos matar alguém! Vamos nos divertir atacando pessoas inocentes! 12 Estarão vivas e com saúde quando as encontrarmos, mas nós acabaremos com elas. 13 Acharemos todo tipo de riquezas e encheremos as nossas casas com as coisas roubadas. 14 Venha com a gente, que nós repartiremos o que roubarmos!15 Filho, não ande com gente dessa laia. Fique longe deles. 16 Eles têm pressa de fazer o mal e estão sempre prontos para matar. 17 Não adianta armar uma arapuca enquanto o passarinho estiver olhando. 18 No entanto esses homens estão preparando uma armadilha onde eles mesmos morrerão. 19 O que acontece com quem fica rico por meio da violência é isto: acaba sendo morto.

Por Jânsen Leiros Jr.
Revisado e ampliado em 30/04/2024

Depois de explicar as motivações e pretensões de Provérbios, e lançar a base primordial da Sabedoria, Salomão introduziu o seu inverso; a estupidez ou mais comumente chamada loucura. 

Parece óbvio que ninguém, minimamente orientado, se prestaria a dar ouvidos ao convite declarado no texto. Porém ele adverte que ninguém arma arapuca diante dos pássaros, pois estão olhando. Ou seja, obviamente nenhum convite para o mal é tão explícito, mas sutilmente travestido de algo interessante e vantajoso. Foi sempre assim que o mal se camuflou. Como na tentação no Éden. As armadilhas do dia-a-dia são muitas e não são tão fáceis de serem notadas. Por vezes são montadas por nós mesmos e por nossos desejos e inclinações mais íntimos. Um engodo envolvente, mas que não nos inocenta ao sucumbirmos[1]. 

Por isso Salomão alerta contra a sedução do mal. Não há nada mais comum do que pretender possuir bens e uma vida boa, sem necessariamente trabalhar arduamente, com suor e cansaço consequente. A forma de conseguir isso, porém, é que pode ser repugnante, estúpida e demasiadamente perigosa, uma vez que dinheiro dificilmente cai do céu. 

O livro de Salmos começa com um alerta semelhante e contundente: Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Quase um passo a passo da loucura, ou uma anatomia da tolice[2]. Andar, parar e sentar. Curiosidade, tentativa e acomodação confortável entre os que atentam contra tudo e contra todos. Entre os que se agradam em praticar o mal. 

Assim, o autor afirma que, tendo a disposição instrução e os conselhos dos pais, e o temor a Deus para ocupar-se, dar ouvidos à sedução do mal é loucura e estupidez. Além disso, o sábio afirma que o que se conquista com violência ou intimidação, obviamente leva à morte leve o tempo que levar, chegue ela do jeito que chegar. Um dia o mal se abaterá sobre aquele que dele e por ele vive. 

Que a sabedoria de Deus nos dê o discernimento necessário, para que as armadilhas cotidianas não nos engane e nos consuma.



[1] Tiago 1:14-15

[2] Sempre lembrando que em provérbios, a estupidez do desprezo à sabedoria, é chamado de loucura ou tolice.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Lição II - Experiência se comunica

Por Jânsen Leiros Jr.
Revisado em 16/04/2024


Provérbios 1:8-9

1 8 Meu filho, escute o que o seu pai ensina e preste atenção no que a sua mãe diz. 9 Os ensinamentos deles vão aperfeiçoar o seu caráter, assim como um belo turbante ou um colar melhoram a sua aparência.



Se o temor a Deus é o princípio da sabedoria, é no ambiente familiar que damos os primeiros passos na construção de um caráter que se inclina ao ensino e à instrução. Sim, porque é no convívio da família e nas relações que se desenvolvem nesse contexto, que estabelecemos os primeiros protocolos de conduta e definimos os espaços e os limites do agir.

Considerando o raciocínio do apóstolo João desenvolvido em suas cartas, se eu não me acostumar a ouvir a meu pai e à minha mãe a quem vejo, como ouvirei a Deus a quem não vejo? Ora, os pais são nossas primeiras fontes de informações no mundo, e de certa forma por algum tempo, nossas mais expressivas janelas para a vida lá fora, no desconhecido. O que os pais dizem e ensinam, o que os pais orientam e até impõem, dão as cores do mundo que iremos mais tarde conhecer pelos próprios sentidos. Portanto as primeiras experiências de dar ouvidos, e obedecer, de agir em função do que falam sem conhecimento direto, acontecem no âmbito familiar.

Ora, se quando não se tem qualquer experiência prévia de vida, se quando não se tem qualquer outra fonte de conhecimento do mundo exterior, não se adquire o costume de se orientar pela instrução dos pais, imaginem quando as próprias experiências forem possíveis. Não havendo o costume da obediência à prudência e às instruções sábias, diante do desejo de satisfação dos próprios anseios será muito mais difícil dar ouvidos a qualquer sugestão ou orientação.

A vida em família é, portanto, o primeiro ambiente de exercício da sabedoria e da prudência. Atender às instruções paternais e reconhecê-las como pilares para a vida, é uma importante atitude em favor do desenvolvimento do hábito de escutar, e cumprir a orientação de Deus.

Nisso o autor de Provérbios vai além. Colocando-se no papel de pai, ele afirma que suas instruções são capazes de, atendidas e consideradas no cotidiano da vida, envolverem o comportamento do filho em um alo de admiração. O exercício de obediência aos pais, que por definição nos amam incondicionalmente, forja em nós um caráter admirável. Um caráter confiante, de quem sabe poder confiar nesse amor de cuidado e zelo.

É claro que no contexto da vida moderna, diversas circunstâncias alteram a composição tradicional da família. Ainda assim o texto se aplica de forma transcendente, pois não perde sua pertinência. Fica evidente que o exercício de acatar a orientação se aplica em favor de quem quer que ocupe a posição de cuidador e responsável pela formação do caráter de qualquer indivíduo na juventude. Afinal o carinho e o zelo de quem educa jamais deve ser desprezado.

Não é sem razão que todo e qualquer ataque ao futuro de uma sociedade e à sua capacidade de perpetuar princípios e valores, se concentram na destruição dos laços familiares e no papel da família na construção de uma sociedade de constituições sólidas e seguras.

Se eu não ouço os meus pais a quem vejo, que ouvidos darei a Deus a quem não vejo? O princípio da sabedoria é a obediência.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Lição I - Sabedoria; expressão da devoção e da prudência




Provérbios 1:1-7 - NTLH

1 Provérbios de Salomão, filho de Davi e rei de Israel.
2 Estes provérbios nos ajudam a dar valor à sabedoria e aos bons conselhos e a entender os pensamentos mais profundos. 3 Eles nos ensinam a vivermos de maneira inteligente e a sermos corretos, justos e honestos. 4 Podem também tornar sábia uma pessoa sem experiência e ensinar os moços a serem ajuizados. 5 Estes provérbios aumentam a sabedoria dos sábios e orientam os instruídos, 6 fazendo que entendam o significado escondido dos provérbios e dos ditados e compreendam os mistérios que os estudiosos procuram explicar.
7 Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor. Os tolos desprezam a sabedoria e não querem aprender.


Por Jânsen Leiros Jr.

Revisado e ampliado em 09/04/2024

 "Salomão[1], afirma a Bíblia, foi o homem mais sábio que já viveu no mundo. Em I Reis 4:29-31, o narrador afirma: "29 Deus deu a Salomão sabedoria, entendimento fora do comum e conhecimentos tão grandes que não podiam ser medidos. 30 Salomão era mais sábio do que qualquer homem do Oriente ou do Egito. 31 Ele era mais sábio do que todos os homens...". Tal condição o credenciou a escrever o livro de Provérbios, ou pelo menos boa parte dele, e a transmitir os conceitos, os preceitos e a doutrina de Deus, àqueles a quem devia a instrução para conduzir o povo de Israel[2].

Nessas introduções, Salomão apenas define as pertinentes abrangências da sabedoria e sua aplicação prática na vida cotidiana. Mas ele faz um alerta veemente antes de qualquer provérbio ser dito e antes de qualquer ensinamento ser passado. Qualquer orientação só terá efeito a partir do temor a Deus[3]. Quem não teme não será capaz de obedecer. E como quem não obedece não se importa com a instrução, quem não teme não terá qualquer condição de agir com sabedoria. Simples, direto e verdadeiro.

A essa altura, é bom ressaltar que temor não é o mesmo que medo ou horror. É, antes, respeito venerável. É submissão consciente. Um reconhecimento da superioridade daquele que criou, amou e resgatou. Temor é amor em ação. É devoção que conduz à adoração.

A sabedoria, discorrerá Salomão ao longo de todo o livro, aponta para a prudência, a diligência, o empenho e o zelo, palavras e atitudes completamente fora de moda em nossos dias, devido ao pragmatismo das relações e à urgência das realizações. Muito pelo contrário, vivemos num mundo em que somos incentivados ao desprezo e ao descaso, chegando às raias da negligência endêmica e da sabotagem estrutural. Somos incentivados a ser tolos[4], palavra que Salomão vai utilizar para antagonizar-se ao sábio.

O tolo não quer aprender. Não quer ser sábio. Despreza o ensino e desqualifica seu conteúdo, banalizando regras e menosprezando seu orientador. Afinal, a instrução e o ensino, se ouvidos e apreendidos, lhe impedirão de ser e fazer tudo aquilo que insensatamente planejou ou ainda planeja realizar. O tolo foge da compreensão.

Juntos nesses Exercícios Espirituais no Livro de Provérbios, iremos remexer os tesouros existentes nesse baú. E tenho a convicção de que encontraremos muitas razões para pensar e repensar, tanto o comportamento humano em seus mais variados aspectos quanto as atitudes nossas de cada dia; aquelas que, na intimidade de nossos entendimentos, nos revelam quem realmente somos.

Sábio ou tolo? Prudente ou insensato? Diligente ou preguiçoso? Prepare-se para uma viagem ao mais profundo da alma e ao confronto com suas mais íntimas e impublicáveis verdades."

 


[1] Resumidamente, Salomão foi um rei de Israel conhecido por sua sabedoria, conforme descrito na Bíblia. Ele era filho do rei Davi e sucedeu seu pai no trono. Durante seu reinado, que durou cerca de 40 anos, Israel viveu um período de paz e prosperidade. Salomão é creditado por ter construído o Templo em Jerusalém, além de ter sido um prolífico escritor, autor de muitos provérbios e hinos. Sua sabedoria e conhecimento se tornaram lendários, e sua reputação se estendeu além das fronteiras de Israel. No entanto, ao longo de seu reinado, Salomão também enfrentou desafios, incluindo problemas políticos e questões relacionadas à sua administração. Apesar de suas realizações, alguns aspectos de seu governo foram criticados, principalmente sua política de impostos pesados e a construção de monumentos grandiosos que eventualmente levaram ao declínio do reino após sua morte.

Querendo saber mais sobre Salomão, pesquise nas obras indicadas abaixo:

·         Teologia do Antigo Testamento, de Walter Brueggemann

·         Teologia do Antigo Testamento, de Gerhard von Rad

·         Sabedoria do Antigo Testamento, de Tremper Longman III

·         História de Israel no Antigo Testamento, de Roland de Vaux

[2] O livro de Provérbios é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento. Ele consiste em uma coletânea de provérbios e instruções que oferecem orientações práticas para a vida, baseadas na sabedoria divina. Seguem questões relevantes sobre o livro de Provérbios e seu propósito:

1.       Origem e Autoria: Tradicionalmente, Salomão é considerado o principal autor do livro de Provérbios, embora algumas seções possam ter sido escritas por outros autores. Salomão era conhecido por sua sabedoria e por sua habilidade em ensinar através de provérbios e parábolas.

2.       Propósito: O propósito principal do livro de Provérbios é instruir os leitores na sabedoria divina, ajudando-os a viver uma vida virtuosa e justa. Os provérbios abordam uma variedade de temas, incluindo a busca pela sabedoria, o temor do Senhor, a importância da disciplina, o valor do trabalho honesto, a responsabilidade financeira, o uso adequado da língua e a importância de escolher boas companhias.

3.       Público-alvo: Os provérbios são direcionados a uma ampla audiência, incluindo jovens, pais, líderes e todas as pessoas em busca de sabedoria e discernimento para viver uma vida piedosa.

4.       Formato: O livro de Provérbios é composto principalmente por provérbios curtos e concisos, muitos dos quais são em forma de poesia. Eles são projetados para serem memorizados facilmente e aplicados à vida diária.

5.       Importância Teológica: Além de oferecer conselhos práticos para a vida cotidiana, o livro de Provérbios também apresenta uma visão teológica da sabedoria, destacando que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Provérbios 1:7). Isso significa reconhecer a supremacia de Deus em todas as áreas da vida e viver em obediência aos Seus mandamentos.

Em resumo, o livro de Provérbios é uma fonte valiosa de sabedoria divina e oferece orientação prática para uma variedade de situações e desafios enfrentados no dia a dia. Ele enfatiza a importância de viver uma vida piedosa, baseada nos princípios de Deus, e serve como um guia confiável para aqueles que buscam crescer em sabedoria e discernimento.

 

[3] O "temor do Senhor" é um conceito central nos Provérbios e na sabedoria bíblica em geral. Ele descreve uma atitude de reverência, respeito e submissão a Deus, que resulta em obediência aos Seus mandamentos e busca pela sabedoria divina. O "temor do Senhor" não é simplesmente um medo superficial de Deus, mas uma profunda reverência que molda o caráter e a conduta da pessoa.

Várias passagens nos Provérbios destacam a importância do "temor do Senhor" como o princípio da sabedoria e fonte de bênçãos:

·         Provérbios 1:7 (NVI): "O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina."

·         Provérbios 9:10 (NVI): "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento."

·         Provérbios 14:26 (NVI): "No temor do Senhor há confiança firme, e os seus filhos têm refúgio."

·         Provérbios 16:6 (NVI): "Pelo amor e pela fidelidade se expia a culpa; pelo temor do Senhor o homem evita o mal."

Essas passagens e outras semelhantes nos Provérbios enfatizam que o "temor do Senhor" é a base sobre a qual a verdadeira sabedoria é construída e que ele conduz a uma vida de retidão, bênçãos e proteção divina.

Além das referências bíblicas nos Provérbios, várias obras de teologia e comentários bíblicos podem oferecer insights adicionais sobre o significado teológico do "temor do Senhor". Algumas sugestões de obras incluem:

·         "Temor de Deus: O Fundamento da Sabedoria" (por R.C. Sproul): Neste livro, o autor explora o conceito bíblico do "temor do Senhor" e sua importância para a vida cristã.

·         "Comentário do Antigo Testamento: Provérbios" (por Tremper Longman III): Este comentário oferece uma análise acadêmica dos Provérbios, contextualizando-os dentro do Antigo Testamento e explorando seu significado teológico, incluindo o "temor do Senhor".

·         "Comentário Bíblico Expositivo do Antigo Testamento: Provérbios" (por Warren W. Wiersbe): Este comentário fornece uma abordagem prática e acessível aos Provérbios, destacando lições espirituais e aplicação prática, incluindo o tema do "temor do Senhor".

 

[4] No contexto dos Provérbios e da sabedoria bíblica, o termo "tolo" é frequentemente usado para descrever alguém que age de maneira insensata, imprudente ou sem discernimento. O tolo é aquele que não busca a sabedoria, não aprende com seus erros e geralmente toma decisões precipitadas que resultam em problemas ou dificuldades para si mesmo e para outros.

Várias passagens nos Provérbios contrastam o sábio com o tolo, enfatizando a importância de buscar a sabedoria e evitar a tolice. Por exemplo:

·      Provérbios 10:14 (NVI): "Os sábios armazenam conhecimento, mas a boca do tolo é uma ruína iminente."

·         Provérbios 12:15 (NVI): "O caminho do tolo parece-lhe justo, mas o sábio ouve os conselhos."

·         Provérbios 13:16 (NVI): "Todo tolo é impetuoso e expõe a sua insensatez."

·         Provérbios 14:3 (NVI): "O tolo que fala muito acaba revelando o quanto é tolo."